AO ANJO DA BOA MORTE

O quanto queira
Ter acordado nos teus braços
O quanto queira
Respirar para além das nuvens
O quanto queira
Que a força da mãe terra
Envolvesse-me numa cápsula de luz
O quanto quero
Que o fogo transmute
Tudo que foi
Tudo que ainda é
O quanto eu quero
Que a força das águas lavasse o mal
O mal que há em mim, em nós
Mas os anjos insistem em querer
Levar-me para ver cápsulas metálicas Transformando-se em borboletas
Levanto
Olho a tela
Não consigo ver as borboletas voando
Apenas casulos destruídos
Sigo ainda na ilusão da esperança.
Aretuza Santos
Enviado por Aretuza Santos em 05/04/2021
Código do texto: T7224170
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