VESTIDA DE ESPERANÇA

 
 
 
Do peito deixo explodir o riso e o pranto
 Permito que se exponha a verdade da alma
Sangro as entranhas para depurá-las
Quebro tua imagem de falso santo
 
Expulso sem piedade esta paixão
que feroz ardia revestida de emoção
Mostro-me inteira sem medo dos fantasmas
Busco o aconchego nos braços da lua
 
Aqueço o coração no calor do sol
Dispo as vestes que por ti foram tocadas
Abandono a couraça que me protegia
Visto-me de esperança
Enfeito-me de luz e flores para o novo dia
 
Olho atenta perscrutando o futuro
Vejo a colheita farta do amor no solo semeado
Canto a alegria que sinto neste instante
já despojada da insistente tristeza
que foi a minha única e constante companheira!