Tuas brasas serão verão
Um golpe no crepúsculo?
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Somos um barco que todos os dias construímos, evoluímos, para navegar o oceano da vida, florescendo doses de curas atrevidas, restaurando a sede de sol, onde ela houver sido banida.
Nunca alimentando negatividade, embalando no canto dos pássaros, mesmo na adversidade.
A idéia não é a tristeza do naufrágio, mas o estupor do amor, em que da louca esperança, queremos o contágio.
Em tempos duros(pandemia e fascismo), vital é o riso, o amor é crucial e também sempre se faz preciso, apesar de alguns considerarem isso paradoxal.
Pelas frequências, sem ausências do seu corpo, voam famintos os meus olhos perdidos. Te sinto, solto que estou, nos meus acordes puídos.
Te quero e não sabia, que podia.
Esse teu aroma de frutas na pandemia.
Que nesse estresse do dia sete de Setembro, teus cabelos em minha boca, sejam o incêndio que beija, a tarde definitiva, sem voz dolorida para lamentar a vida.
Tuas brasas serão verão nesse inverno, minha querida.
Os gritos, de amantes de todos os tipos, onde cicatrizaremos todas as feridas.
#Lulalá
Barthes.
01/09/2021