Depois da tempestade

Já é tarde, o vento sopra frio,

Parece um punhal, corta a minha pele,

A sua direção, aponta para o fim,

Estou sozinho, o tempo passou,

E parece que não vivi, ou vivi,

Para os outros e, não para mim,

Dediquei, Lutei, acreditei, mas, agora,

No auge da maturidade, enxerguei ,

Vivi para todos, e não para mim.

As rugas surgem e o meu fim anunciam,

Por entre os meus dedos, eu sinto,

A vida escapou-me,

E eu inerte a tudo assisti,

A vida passou e eu não me achei digno,

Eu acreditava que a felicidade não era para mim.

Agora o sol é poente, despeço-me,

A última canção está tocando,

“sessenta anos” bem ou mal trilhados,

São memórias de um passado,

Embarco rumo ao desconhecido,

Mergulho em uma longa noite,

Tento manter a chama da esperança,

E forças para acreditar na máxima,

“Depois da tempestade vem a bonança”.

Samu Franco
Enviado por Samu Franco em 10/10/2021
Código do texto: T7360449
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