AINDA

AINDA

Há tanta coisa

Que não posso entender

Ainda que mil anos de razão;

Há sempre um sim e um não,

Tanta coisa que não sei dizer

Tanta coisa pra entender...

Haverá sempre um rumor de asas

Rumo ao sul,

Em tempo de primavera;

Quimera,

E um céu muito azul

Muito para além do sul.

Haverá sempre uma aurora

Um gineceu

Um dia pra nascer;

Haverá uma noite e o luar

Que nos olhos dela vem brincar,

E um paraíso que não se perdeu.

E haverá este ser e não ser

A dúvida, que sou eu,

Um fado que é só meu

Um poema por dizer,

Por fazer,

Ainda.

Eduardo de Almeida Farias

23/11/2003-9/2006

Eduardo de Almeida Farias
Enviado por Eduardo de Almeida Farias em 14/11/2007
Código do texto: T736853