Sertão seja paz

Sorte com Deus na cidade e campo,

que a vida assim seja de paz

e sem absurdos,

que o ferro, as correntes, as amarras e armas

de mim fiquem longe

e, para o mais longe sempre caminhem!

O ser na simplicidade

discreta deve seguir as passagens,

fluido e macio só nos caminhos de

brisas leves e na ataraxia se distinguir:

a lâmina e espinho na vossa vista se quebrem!

De certo

o fim deve ser como um sertão

daqueles

comoventes

solenes

agrestes

alaranjados...

o Sertão chora lágrimas vaporizadas

no calor do sol quente,

elas escorrem pelo seu rosto

sem deixar vestígio,

sem acalento

e ninguém as percebem!