Confie

 

Eu vejo uma menina

No balanço

Com tranças no cabelo

Desejando que alguém

Apenas confie nela,

A fazendo se sentir sob as nuvens,

Atravessando o rio,

Quase caindo da árvore

A que imagina estar apoiada

Olhando do alto tudo em volta.

 

 

Depois de tantos xingamentos,

Depreciações,

Ofensas e comparações,

Ela só quer silêncio

Para manter seus sentimentos

De como ela ainda pode confiar em si mesma

Ao olhar para dentro.

 

 

Ela se balança

Com as tranças voando,

As lágrimas se derramando

Pela sua face

E molhando suas bochechas rosadas

Que caem sob o seu colo.

 

 

Ela é uma menina sob o balanço

Que só quer que alguém

confie nela,

Em sua capacidade de voar

Como uma borboleta e de viver...

Mas ela relembra de certas hostis vozes

E percebe que se não estão prontos para confiarem nela

Que precisará de mais forças ainda

Para confiar em si mesma.

 

 

A menina, então, ao se conscientizar disso

Se joga tanto para frente

No balanço

Com tamanha força

Que ela chega tão alto

Como se estivesse no topo de uma árvore

Vendo o rio fluir sob o horizonte de toda a cidade

Que a assusta, mas ela está tão alto que ela fica maravilhada também com a paisagem...

Ela, simplesmente, não quer mais sair dali

E de sentir que é capaz de estar...

 

Bela interação de BARRET:

 

Pequena e doce menina a brincar no balanço,

fazendo miragens, para esquecer, seu sofrimento,

de desprezo e xingamentos e baixa estima.

 

Tão pequena, mas com o sentimento ferido,

sem auto estima induzida por terceiros.

 

E no seu balançar bem alto,

pensa nas borboletas que podem esvoaçar.

 

e vai em frente sempre com o grande pensamento, 

de ser um dia feliz e ter uma grande auto estima.

Beatriz Nahas
Enviado por Beatriz Nahas em 16/02/2022
Reeditado em 26/10/2022
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