Um quase soneto andadeiro

Se o muito que meu corpo e alma me pedem

for apenas andarilhar o quanto que há por aí

nada importará o quão longe é o nosso Éden

pois desde agora, ô anjo, eu já começo partir

E quando for andante, a caminho de Santiago

e se parecer ter asas de passarinho, cá nos pés

é porque todo passo para mim será feito afago

e em cada olhar, verei tudo o que há através

Aí, se nessas voltas, por Stonehenge ou Uluru

quem que sabe, no continente perdido de Mu

Lemúria, Atlântida, Nazca ou por Bodh Gaya...

Só por destino, assim me ilumine em Socotra

pois que é toda luz, o que de fato me importa

e nunca que mais, breus de desamor, eu caia

21-02-2022

15m20min

Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 25/02/2022
Código do texto: T7460264
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.