Um quase soneto andadeiro
Se o muito que meu corpo e alma me pedem
for apenas andarilhar o quanto que há por aí
nada importará o quão longe é o nosso Éden
pois desde agora, ô anjo, eu já começo partir
E quando for andante, a caminho de Santiago
e se parecer ter asas de passarinho, cá nos pés
é porque todo passo para mim será feito afago
e em cada olhar, verei tudo o que há através
Aí, se nessas voltas, por Stonehenge ou Uluru
quem que sabe, no continente perdido de Mu
Lemúria, Atlântida, Nazca ou por Bodh Gaya...
Só por destino, assim me ilumine em Socotra
pois que é toda luz, o que de fato me importa
e nunca que mais, breus de desamor, eu caia
21-02-2022
15m20min