PETRÓPOLIS

 

A natureza em fúria,

Ela dá a cura,

Mas também sabe cobrar,

Infelizmente o preço, ninguém pode pagar.

 

Chora eu, chora você,

Não tem o que fazer,

A não ser tremer,

Cenas terríveis a devastar.

 

Um morro, eu sofro,

Um paraíso destruído.

Não corro, o sofrimento na tevê,

Olhos, coração, ouvido.

 

Sirenes da morte,

Enxurradas sem cortes,

Ônibus tragados, crianças desaparecendo,

Velhinhos sob a lama, a alma debaixo da cama.

 

O rei não está ali, belezas sem ti,

Abelhas sem própolis.

Natureza em fúria, que tragédia,

Tristeza enorme, oh Petrópolis.

 

Edir Gonçalves

 

EDIR GONÇALVES
Enviado por EDIR GONÇALVES em 28/02/2022
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