A última a morrer
Eu sou o sol que nasce e a noite que cai,
Meu lar fica entre a luz e a escuridão,
E, apesar de tudo o que da vida se subtrai,
Me encontro na paixão dos punhos que golpeiam o chão!
Eu sou a chuva que molha e a flor que nasce,
Estou na umidade das gotas e no seco da poeira,
Como fotossíntese, alimento o que constantemente renasce,
Da mesma forma, sirvo como farol para o que foi atirado na lixeira!
Eu sou o aprendizado do estudante e a gargalhada da criança,
De diferentes formas, posso criar inspiração para jovens e experientes,
E, no mesmo ritmo cativante do casal que apaixonadamente dança,
Sirvo como força motriz que conduz os desamparados e os perseverantes!
Eu sou o grito da torcida e a esperança do enfermo,
Estou nas casas e nas praças, no mausoléu e no templo,
E, ainda que você esteja perdido em qualquer local ermo,
Estarei a postos para lhe servir como alento!
Eu sou a atitude tomada na situação desfavorável,
Estou entre conflitos e abraços, doenças e remédios, guerra e paz,
Através da busca do que talvez seja agradável e louvável,
Produzo a vontade que faz alguém caminhar e não olhar para trás!
Meu nome está gravado em todos os instantes sofríveis ou memoráveis,
Contribuí com o amparo da vivência que hoje é apenas uma lembrança,
E, para que ninguém mais me esqueça quando de mim precisar em momentos difíceis,
Prazer, meu nome é "Esperança"!