O Ecoante Canto da Liberdade

Vede estas minhas asas: querem aquele céu rasgar!

Escutai o meu canto: vou as montanhas ultrapassar!

Porém, me aprisionaram nesta reles gaiola sem vida,

E exigem que eu cante como uma cotovia comovida.

É tão triste nascer e continuar existindo em um cativeiro;

Acordar, dormir e sonhar entre as grades deste poleiro!

A cada aurora sei que perco algo de mim neste triste viveiro,

E o Sol da Liberdade não fulge e nem beija os meus outeiros.

Mas um dia minhas asas hão de destruir esta hedionda prisão,

E minha Liberdade esmagará todos os cárceres dessa escuridão,

E irei voar além de cada grilhão, sofrimento, ferida e pífio pesar.

E já vejo as montanhas, nuvens e estrelas que vão aplaudir e chorar

Pelo Grito de Liberdade que, de meu coração, neste mundo ecoará;

E vou abraçar e amar pássaros livres, pois nunca deixaremos de voar.

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 19/06/2022
Reeditado em 22/06/2022
Código do texto: T7541196
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