Estrelinha III

Minha estrelinha pequenina, amarela,

Sempre tão linda contra um fundo avermelhado

No meu quintal em meio ao verde veio ela

Para ajudar-me a carregar este meu fardo

Veio lembrar-me que mesmo em tempo tão duro

Tempo em que a morte ceifa vidas a mão cheia

A vida ainda assim ressurge em algo puro

Pra nos dizer que não se entrega, ainda peleia

E se esse é o tempo do homem de mente insana

Tempo violento da insensatez humana

Que ora prolonga-se sem fim, em frente avança

Minha estrelinha, tão singela, anuncia

Ao mundo todo da minha janela o dia

Da volta às flores, a um futuro de esperança