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Nunca mais, canto do sabiá

Nem broto novo em floreira

Nem aeronaves riscando o ar

Nem o chiado forte da chaleira

Jogado...sucumbindo aos poucos...

Nunca mais cantar, cantou!

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Nunca mais, sereno caindo

Nem rio vertendo nas cheias

Nem o trem que vai partindo

Nem o juntar na hora da ceia

Inerte, quase sem movimentos...

Nunca mais sorrir, sorriu!

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Nunca mais banho no lago

Nem sol fresco no amanhecer

Nem anzol armado ao lado

Nem o cafezinho preto pra beber

Desalentado, à espera do fim...

Nunca mais rimar, rimou!

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Nunca mais frio que congelava

Nem chapa, fogão, fogo e calor

Nem lenha sequinha que estralava

Nem acobertado grosso, nem cobertor

Desesperançado...sem ter ninguém...

Nunca mais sonhar, sonhou!

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Nunca mais frutas no pomar

Nem doces rasantes de beija flor

Nem navios cruzando o mar

Nem alegria, carinho, nem amor

Passando...deixando a vida

Nunca mais amar, amou!

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Nunca mais preces, todos os dias

Nem hóstia ofertada no corredor

Nem Pai No..., Credo..., nem Ave Maria

Nem bênçãos de Nosso Senhor

Estirado, corpo rente ao chão

Nunca mais...?

Nada disso!

Pois enquanto vamos vivendo, vamos morrendo

E assim que partimos, é nessa exata hora que vamos renascer, para sempre!

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Porque aquilo que parece ser o final, será na verdade o começo...

O final de nove meses no escuro, envolvido pelo líquido amniótico,

marca para o começo da vida na sociedade, onde tudo se faz novo e diferente!

O final da vida física também é o começo para a vida na eternidade.

Quando um ano termina, outro começa. Então podemos dizer que o “fim, é o começo”.

EFLÚVIO DE ARREBOL
Enviado por EFLÚVIO DE ARREBOL em 20/10/2022
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