A Inquilina

Dentro do meu coração

Ergueu-se um sobradinho

Em cima mora a solidão

Embaixo, moro eu sozinho

 

Ainda tenho esperança

Solidão não paga aluguel

Vivo fazendo a cobrança

Mas ela faz um escarcéu

 

Eu já acendi sete velas

Fiz a oração do desejo

Já promovi contra ela

Aquela ação de despejo

 

A inquilina é manhosa

E toda noite faz festejo

Da varanda, toda prosa

Fica me mandando beijo

 

Mas o amor não demora

Esperar é o que me resta

Um dia ela vai embora

E eu é que faço a festa

 

MARCANTE, Alexandre.

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Alexandre Marcante
Enviado por Alexandre Marcante em 29/04/2023
Reeditado em 10/09/2023
Código do texto: T7776117
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