Desventuras (Para a poesia: QUANDO VOCÊ VOLTAR, do digníssimo poeta Barrett)

Martela na lembrança o meu “adeus”,

Porém, a tempos me desfiz do meu orgulho.

Ainda quero estar nos braços teus,

Ainda sonho, nos lábios teus, outro mergulho.

Olhando-te nos olhos eu disse; quero outra vida!

Virei as costas depois de um breve “adeus”.

Deixei a situação entre nós mal resolvida.

Sem caráter, sem honra, agi feito intraneus.

Saí da sua vida avoado,

Não quis pensar em mais nada.

Ficaste de coração quebrado.

E com tuas dores, resignada.

Eu abracei outros braços.

Em outras bocas beijei.

Mesmo sentindo os estilhaços,

Em outras camas deitei.

O calor não era o mesmo.

As entregas eram insubstanciais.

Ando vagando ao esmo,

Em desventuras superficiais.

E tomado pelo insucesso,

Depois de tantos desencontros,

Tenho pensado no regresso, e

Temo por nosso reencontro.

Tem suas razões, eu sei disso.

É bem capaz de me desprezar.

Eu acordo e durmo com isso.

Minha vida é só chorar.

Quem me dera um recomeço.

Quem dera fosse tudo diferente.

O que passo sei que mereço,

Por conta do meu agir inconsequente!

Estou coragem tomando.

Eu quero saber de você.

Na verdade, estou implorando;

Que eu ainda consiga te merecer.