VENTO VARRE RUA...

Era um vento cortante.

Afiado como navalha.

Vento varre rua.

Eu no chão caída, machucada, ferida...

A rastejar como lagarta caída do coqueiro.

Parecia que ia se acabar o mundo inteiro.

O vento conseguia me jogar de lá pra cá, de cá pra lá.

Como se peso eu nem tivesse.

Eu entrava em desespero, em prece.

Uma hora cessou o vento, o tormento...

Me vi em pensamento.

Me vi em outro lugar.

Um onde eu poderia estar.

Precisava toda força encontrar.

Encontrei. Consciente do que passei posso dizer que venci, que estou aqui.

Só a lembrar.

Foi uma experiência e tanto.

Agora eu rio, eu danço, eu canto...

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 20/12/2007
Reeditado em 12/04/2011
Código do texto: T785618
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.