Pura ausência

Afinal é pura ausência

O teu retrato não tem rosto

E o vazio e a demência

Invadiram o meu corpo.

E invadiu a minha Alma

Uma saudade sem ter fim

Uma dor que não tem calma

Que se aninha dentro em mim.

E aninha-se uma angustia

Que me atravessa o pensamento

Um achar, é ousadia,

Que findará o sofrimento.

Mas nesta busca de quem somos

O que acaba por faltar

É deixar de ser quem fomos

E aprendermos a amar ...