Outono

De repente,

As folhas de outono ameaçam cair...

E caem como gotas,

Como o orvalho...

Dispersos , sem direção...

Como um coração que não sabe ...

Que razão seguir,

Como a vida que não sabe...

Pra onde correr...

E corre, corre sem sentir.

O outono que nasceu com as folhas,

Que acabaram caindo no chão,

Deixou no chão os sonhos,

Também dispersos sem direção.

E na dança simbólica das folhas...

Cria a esperança de uma primavera interior,

De sonhos que não podem se dispersar,

Que não podem acabar,

Que precisam apenas de novo desabrochar.

Izabel Bento
Enviado por Izabel Bento em 22/02/2008
Reeditado em 20/03/2013
Código do texto: T870166
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