brincando de "amarelinha"

“... para muitos é difícil

abandonar o caminho da

mais abjeta tolerância,

da permissividade,

da perfídia, da devassidão,

da imundície comportamental,

da canalhice duodenal,

da estonteante oxigenação do cérebro

em busca de condutas pueris, servis,

presumivelmente infantis ...”

diante desse discurso

pesado, delimitante,

apesar de circunstante,

que mais parecia um compasso

ao descrever um círculo,

ou com o início

de um discurso profilático

que se ouviria

(a troco Deus bem sabe de quê)

num desses bancos

numa dessa igrejas

do reino de Nosso Senhor,

a menina foi com a amiga

brincar de “amarelinha”

com um monte de quadrados

que haviam traçado no chão

Rio, 28/02/2008