Dez encantos

Que as coisas mudem,

Que os preços baixem,

Que a dor estanque,

Que o medo acabe.

Que a natureza resista,

Que o sono venha

E o sonho exista

Neste solo árido.

Meu Deus, quanta pobreza

De esperanças e planos,

Projetos e utopias!

É tudo tão concreto e seco

E cinza e só.

É preciso ver o amanhã

E saber do depois;

Ver todas as cores,

Provar todos os sabores.

Onde estão todas as crenças?

Que é das esperanças

Das crianças e velhos?

Onde os caminhantes?

Fizeram-se andarilhos cabisbaixos,

Cambaleantes tornaram-se?

Venha o sol, entre a lua,

Chegue a chuva de estrelas,

Mude-se a noite em dia,

Tranforme-se o deserto,

Cuide-se do mar,

Venha o céu à terra,

Mas faça-se todo o ideal renascer!

Neusa Storti Guerra Jacintho
Enviado por Neusa Storti Guerra Jacintho em 28/03/2008
Reeditado em 28/11/2009
Código do texto: T919979
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