MADRUGADA...

Madrugada de cristal...

Saudade, te faz assim...

Crescendo, dentro de mim,

impede que passe o tempo...

Sinto então, no meu tormento,

que a solidão é fatal...

Não vejo clarão de estrelas,

não vejo a lua prateada...

Paredes nuas, mais nada,

só um rosto, desenhado

na minha mente, intocado,

mas jamais irei revê - lo...

E o tempo então se liberta,

quando a manhã se ilumina,

trazendo brisa menina

dançando em flores cheirosas

qual dançarina mimosa,

mostrando - me a porta aberta...

A porta da esperança,

de mais um dia que nasce...

Agradeço ao Sol, baixinho,

que me aquece, de mansinho...

E na sublime alquimia,

torno - me alegre, criança...

Arianne Evans
Enviado por Arianne Evans em 07/05/2008
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