A torre, um ano de tristesa e dor.


O amor é uma força
que cresce com a união,
é a semente da felicidade
que brota dentro do coração.

Sem união não existem forças
e sem forças não andamos,
sem templo não ajoelhamos
e sem Deus não podemos ficar.

A sede procura a água
para que se libertem as palavras,
e que sejam ditas as palavras
antes que o poço, se transforme
em lágrimas!

A religião é uma moeda necessária
para a sobrevivência de uma nação
ela enriquece a alma, e purifica o coração,
é o caminho do sim que nos desvia do não.

Sem teto não há proteção,
e quando temos um e não cuidamos,
deixamos o futuro para os nossos filhos
sem cultura e sem religião.

É raro ver o futuro, mas neste caso,
ele só depende da nossa visão.
Não existe passado e nem futuro
se no presente não tivermos forças
para reerguer-se de um tombo.

Lá se vão doze meses
e o ferimento é o mesmo,
vem a angustia e o medo
de ficar-mos sem a cura
do membro em questão.

É duro ver em ruínas a casa
onde todos são bem vindos, onde
mora o divino, e o espírito é santo,
a casa onde recebemos o batismo,
onde enterramos os pecados
e ressuscitamos o perdão.

A consciência traz a dor e a insónia,
a quem quer fazer-mos de cego,
e ser o único a enxergar.
Há muitas portas de entrada,
mas só uma delas se abre
para a eternidade.
Vamos tirar do papel o projeto,
e reerguer a torre, dá nossa catedral.


Dedicado a torre da Igreja Matriz
de Nossa Senhora dos Remédio,
situada na cidade de Sousa - Paraíba -
Brasil. Que por acidente natural,
na madrugada do dia 29 de Abril
de 2007, perdeu uma de suas torres.