Pai
Pai,
Desculpe-me por esse jeito arredio de ser
De pensar que já posso tudo fazer
Às vezes, inconscientemente, sem saber
Faço coisas que acabam por te fazer sofrer
Pai,
Perdoe-me por esta extrema confiança
De achar que não sou mais criança
A verdade é que muitas vezes impulsivo
Refugio-me com medo como se fosse um bandido
Pai,
Sei que nessas e outras minhas tentativas
De tomar determinadas iniciativas
Mesmo na derrota, no fracasso
Você sempre esteve pronto para mais um abraço
Pai,
Meu conselheiro, meu melhor amigo
Desculpe-me pelos erros cometidos
Por não escutá-lo foram erros merecidos
Por isso lhe peço: fique sempre comigo
Pai,
Mesmo não entendendo essa tamanha preocupação
Sei que na verdade tu tens a sua razão
De tratar um filho com tanto amor e carinho
Encaminhando-o sempre para um bom caminho
Pai,
Abro meu coração com você agora
Às vezes me queixo mas por favor, não vá embora
Perdoe esse filho que te ama e prevê
Ser no futuro o mesmo pai que você.