Pai

Pai,

Desculpe-me por esse jeito arredio de ser

De pensar que já posso tudo fazer

Às vezes, inconscientemente, sem saber

Faço coisas que acabam por te fazer sofrer

Pai,

Perdoe-me por esta extrema confiança

De achar que não sou mais criança

A verdade é que muitas vezes impulsivo

Refugio-me com medo como se fosse um bandido

Pai,

Sei que nessas e outras minhas tentativas

De tomar determinadas iniciativas

Mesmo na derrota, no fracasso

Você sempre esteve pronto para mais um abraço

Pai,

Meu conselheiro, meu melhor amigo

Desculpe-me pelos erros cometidos

Por não escutá-lo foram erros merecidos

Por isso lhe peço: fique sempre comigo

Pai,

Mesmo não entendendo essa tamanha preocupação

Sei que na verdade tu tens a sua razão

De tratar um filho com tanto amor e carinho

Encaminhando-o sempre para um bom caminho

Pai,

Abro meu coração com você agora

Às vezes me queixo mas por favor, não vá embora

Perdoe esse filho que te ama e prevê

Ser no futuro o mesmo pai que você.

Natália Nakamura
Enviado por Natália Nakamura em 01/02/2006
Reeditado em 18/02/2006
Código do texto: T106728