AH, MINHA MÃE

Ah, minha Mãe...

Quantas vezes eu me pego com olhos vermelhos,

a chorar por tanta angústia...

Aí, tu me cedes teus conselhos,

sendo sempre assim tão justa.

Mesmo quando eu choro só por dentro,

a afogar meu coração,

percebes então meu sofrimento

e me estendes a tua mão.

Seja qual for a minha cova,

seja qual for o meu problema,

muitas vezes me reprovas,

porém nunca me condenas.

Quando tudo perde a graça,

e eu me rendo à aflição,

no meu peito tu te enlaças,

a afagar meu coração.

E quando a dúvida se mostra,

a perturbar minha cabeça,

só tu tens a resposta,

e sempre faz com que ela apareça.

Ah, minha Mãe...

Às vezes minha vida é uma penumbra,

e eu fico a caminhar na escuridão,

eis que surge uma luz, que me deslumbra,

é o teu brilho, a iluminar meu coração.

Às vezes minha fraqueza

aproveita-se de mim,

é aí que surge tua grandeza,

tão suave como um manto de cetim.

Que graça teria a vida?

Que graça teria viver?

Nenhuma primavera é mais florida

que a aquela que só existe em você.

O que seria de mim?

O que seria dessa angustiada flor?

Se eu não tivesse o teu jardim,

sempre cheio de amor!

Ah, minha Mãe...

Que poder tua força tem,

como é puro o teu amor,

igual à ti não há ninguém,

e não há ouro que supere o teu valor.

Te amo tanto, Mãe querida,

e a cada dia a amo mais,

e de amor por ti estou bem munida,

e a amo mais que o próprio amor já foi capaz.

Mas a vida um dia chega ao final,

e nesse dia vai então nos separar...

Só que a alma, minha Mãe, é imortal,

e sendo assim, eternamente hei de te amar!!!

Camilla Faria

Milloca Faria
Enviado por Milloca Faria em 25/07/2008
Reeditado em 25/07/2008
Código do texto: T1097915
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