ACALANTO PARA ISABELLA

A chuva ainda molhava a terra,

Exaurindo o cheiro de relva,

Quando o dia chegou colorido, risonho.

A tarde se fez amena, se fez terna...

Nas asas do vento, no colo da brisa,

Chegava a Isabella, a bela Isa,

A filha da minha filha!

A minha neta!

Uma centelha divina do amor,

Um botão em flor.

Palavras inexistem.

São arcaicas, obsoletas.

Só as lágrimas afagam sentimentos acalentados

No silêncio etéreo de um sonho tão bonito.

Uma visita antecipada de um anjo querido,

Prestes a sair do paraíso

Para fazer parte da nossa família.

Doce personagem onírica,

Onde a inocência desenhava-lhe o rosto redondo e puro

A balbuciar pequenas palavras.

Desde então,

Na ânsia da espera,

Fiquei a vê-la no espelho do meu coração,

Na gostosura de sabê-la neta,

Estrofe do meu poema,

Lira de minha canção.

O sonho virou realidade!

Chegou a Isabella!

Um anjo/criança, uma flor de açucena,

Uma menina pequena!

E entre panos,

Pude ver a estampa doce de gentinha miúda,

qual novelo de lã, floco de algodão...

Imagem tão bem guardada

Nas minhas retinas e no meu coração.

Esgueiram-se dançarinos,

Murmúrios de felicidade,

E eu posso mirar-lhe os olhos,

Dois faróis, dois luzeiros,

De paz e alegria, mensageiros.

Isabella nasceu ontem, 04.03.2006, às 15:05 h, normal, sadia e perfeita. De gorjeta, Deus a fez linda. Obrigada, Senhor, por essa dádiva de amor.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 05/03/2006
Reeditado em 06/05/2006
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