EU DIZIA NÃO

Eu dizia não, quando não podia

Ela dizia sim, sem que pudesse

Então o meu não de nada valia

Era como se eu nada dissesse.

Nem sempre o correto se cumpre

Como boazinha ficou

E foi agindo desta forma

Que contra mim os jogou.

Hoje não falam comigo

Sou prejudicado e ainda punido

Maltratam-me, atiram pedras

Como se eu fosse um inimigo.

A justiça tarda mas não falha

Que venham a se arrepender

Existe a lei do retorno

E eu não quero vê-los sofrer.

Não cito nomes, mas não é um enígma

Quem ler com certeza saberá

Quais foram as razões

De tudo que aqui vim a declarar.

E o que escrevi, não foi por revanchismo

O que vai na alma o poeta vem a escrever

Se sou poeta, não sei, penso que sou

Se é poesia, só os leitores podem dizer.

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