SONETO PARA PAULINHO

No dia dez de março de setenta e seis,

A um sol tinindo, a pino, e um céu da cor de anil,

Veio ao mundo e chorou pela primeira vez

Paulo Roberto Lago de Salles Brasil.

Chorou pela primeira e última, talvez,

Porque aquele azul e aquele sol viril

Que o bom Deus derramou naquele dia e mês

Fez dele um astro e deu-lhe força varonil.

A música de Deus forjou-lhe a mente e a alma,

O trabalho sem trégua - o caráter humano;

Reserva-lhe o porvir vitória, loiros, palma.

Dos seus lépidos dedos se ouvem sons e trinos

Emanados do céu, quando se senta ao piano;

A mim parece um anjo entre canções e hinos.

Raymundo de Salles Brasil
Enviado por Raymundo de Salles Brasil em 16/04/2006
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