O AMOR MAIS PROFUNDO

Esse poema foi escrito quando meu primeiro filho tinha apenas uns dois meses de nascido (foi esperado durante 14 anos).

Esse poder desarmado que acalma meu espírito

O teu sorriso inocente que desarma minha alma

A tua pele macia que me envolve de calma

Esse olhar tão matreiro de menino vadio

Tua alegria introduz nessa casa um descanso

Uma esperança guardada há tempos atrás

Ah! Se a linguagem do homem pudesse exprimir

Mas pra dizer o que sinto, ela é pobre demais.

Quando chego e me achego aos teus braços em silêncio

Tua face não esconde que também me aguardavas

No teu berço macio ansioso esperavas

Esse amor genuíno que comunico à distância

Se eu parto de ti, tu resmungas baixinho

Com essa voz indecifrável, mas que diz o que quer

Ainda bem que não entendo o que queres pedir

Do contrário não partia um momento sequer

Hoje eu falo e repito, mas você não me entende

Mas espero que um dia eu te possa dizer

O impacto a nós dois que isso veio trazer

E o que brota de nós nesse exato momento

Você foi o pedaço que chegou atrasado

Que faltava de nós pra poder completar

Um amor que esperava essa felicidade

Que amarrou a nós três em um mesmo lugar

Agosto de 1992

djalma marques
Enviado por djalma marques em 16/05/2006
Reeditado em 17/05/2006
Código do texto: T157430