Amanheceu o dia

Amanheceu o dia

lá pras bandas do sertão.

Postou-se o galo; entoou sua canção.

Levantou-se Maria,

correu pro fogão.

Feito o café, acordou a João.

Queijo fresquinho,

bolo de fubá.

Desjejuou, João, e foi trabalhar.

Despertou também a Zezinho,

que cedinho vai pra escola

ler, escrever e a jogar bola.

Assim inicia a rotina

daquela mulher sertaneja,

desde criancinha na peleja.

Limpa a casa, lava roupa,

tricoteia e faz comida.

Na escola, pega o filho na saída.

João retorna à noitinha,

marmita suja, ainda por lavar.

Beija a Maria e vai se banhar.

No jantar, à mesa,

a família em comunhão,

oram a Deus em gratidão.

Terminado o jantar,

Zezinho ao sono não pôde resistir.

Arrumada a cozinha, o casal foi dormir.

A noite, que boa!

Revela o sorriso em cada rosto.

A harmonia ali é notória e dá gosto.

E amanheceu outro dia

lá pras bandas do sertão.

Postou-se o galo; entoou a sua canção.