Doce Mãe, teus filhos são filhos da vida !

Lembrei de ti, Doce e Amada mãe...

Tão fragilizada e ferida...

Depois de tanta luta para criar teus filhos

Fostes braços,aconchego, medicamento, amor

Fostes luz, estrada, caminho

Até hoje não consigo entender

Como conseguistes, com dois braços

Abraçar,acolher, guiar, proteger

Construistes a tua família

Gigante como teu amor

Dez filhos, dez vidas, dez destinos

Mas, como filhos são os afetos e desafetos

Que nos são enviados para o aprendizado

Um te deixa sangrando,todos os dias

E tu consegues sorrir, abraçar e ajudar

O filho desviado, por opção

Pois ensinastes o caminho

Mas, morres um pouco à cada dia.

Que tristeza me dá, saber que não te coroa

Como mereces,Linda Rainha

Ele está seduzido, pela magia deste mundo

Mundo de fantasia, de sedução de hipocrisia

Partirás, não aguentarás...

E teu filho vai chorar, mas não vai mudar

Seguirá com a opção que fez na vida

Enganando, enganado, sorrindo e chorando

É disto que é feito o homem

Quando não tem cérebro, nem direção

Segue fiel à luz tênue

Sem distinguir o bem do mal

Partirás, Doce mãezinha

Por um homem te transformastes no símbolo da vida

Pois gerastes e te doastes por inteiro

Virastes símbolo de amor

Este que a humanidade desconhece

E que deveria levar adiante, para toda gente

Tu como ninguém és exemplo de dignidade e amor

Destes a tua vida em troca de muitas vidas

Não te preocupastes jamais com o ter, poder,

Fostes só Ser, dedicação,carinho, deslevo, amor

Com um homem decidistes criar uma família

E por um outro entregas a tua vida!

Morres, Doce Guerreira

Calas, para que teu filho não julguem

E nas noites insones, a ingratidão te sufoca

Como entender, tanto amor

E entre dez, um filho desalmado

Desgarrado, um poço de futilidade

De inutilidade, de desamor

Vai lentamente te matando

De ingratidão, de dor

Quem me dera tirar do teu peito está dor

Mas, sou mãe

E sei que nossos filhos

Não são nossos, são os filhos da vida

Sejam doces ou ingratos

Fazem suas opções e não pedem opinião

Não são nossos, somos apenas o instrumento

Por amor à eles vivemos

E por eles damos à vida!

Flor do Córrego
Enviado por Flor do Córrego em 03/10/2009
Reeditado em 04/10/2009
Código do texto: T1845609
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