NOSSO GAROTO

Ah! Esse garoto que a gente fez tão cedo,

imagine,

que a gente nem sabia como segurar direito,

ou como dar banho, como aportar seus lamentos,

ou como remexer seus instintos ainda não desvirginados.

Ah! Esse garoto que a gente fez tão cedo,

imagine,

hoje tem a alma mais forte que a nossa,

preenchendo todo vazio das nossas vidas com maestria divina.

Hoje sabe bater o pé no que quer, e no que não quer,

gera a sua própria luz, e a nossa também,

enrola e desenrola seu próprio novelo de vida

com paciência dos rinocerontes em plena guerra.

Esse garoto que a gente fez tão cedo,

imagine,

cada poro do seu corpo está atado aos nossos,

numa liga que transcende o possível, invade o horizonte e

cerca o infinito sem pedir licença.

Esse garoto que a gente fez tão cedo,

imagine,

meio quixote, meio vira-lata, meio saqueador dos nossos sonhos mais enxarcados de suor.

Valeu, querido, obrigado por ter vindo para o nosso colo,

um lugar que sempre esteve se desatrelando nós só para receber você.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 30/01/2010
Reeditado em 20/03/2011
Código do texto: T2059590
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