MEU AVÔ, MEU AVÔ

Ai, meu avô, meu avô

Meu humilde pescador

A ti eu devo o que sou

Por isso te tenho amor.

Ai, meu avô, meu avô

Valente homem do mar

Porque a vida te levou

Ando nele a navegar...

Ai, meu avô, meu avô

Navego no mar da vida

Porque o tempo já passou

Mais uma maré vencida!

Ai, meu avô, meu avô

O que por mim tu fizeste

Tudo que ele me ensinou

Fez-me ver a onda agreste

Ai, meu avô, meu avô

Que me ensinaste a remar

Nunca foi um "bibelôt"

Aprendi a trabalhar!

Ai, meu avô, meu avô

Se hoje nada mais temo

Meu barco não naufragou

Que fiz da lança o meu remo!

Ai, meu avô, meu avô...

O que me resta a Saudade!

Se é pouco o que te dou

É grande a minha amizade!

Ai, meu avô, meu avô

Quimera, doce quimera

Quando levantar meu vôo

Nasce em mim a primavera!

Os meus sonhos de criança

Da vida que já passou...

Renascem marés de esperança

Ai, meu avô, meu avô!

Maria José Fraqueza - Portugal

zezinha
Enviado por zezinha em 30/08/2006
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