MEU FILHO ATÉ OS 2 ANOS

QUANDO ERA BEBÊ, ENGATINHAVA COM TAL ESPERTEZA

QUE APOSTAVA CORRIDA COM O PAI,JÁ ENGATINHANDO COM LERDEZA

ATÉ A CHEGADA FINAL E VER A POSE DO BEBÊ COM AQUELA VITÓRIA,

SENTADO,COM A EXPRESSÃO TÃO RICA QUE NÃO ME SAI DA MEMÓRIA

NAQUELE ROSTO HAVIA A FALA MUDA DA MAIS BELA HISTÓRIA QUE

JÁ VIVI

TRAZIA NOS OLHOS UM FASCÍNIO QUE EU NÃO ESPERAVA NAQUELE

GURI

DE SORRISO DEBOCHADO E AINDA SEM OS DENTES QUE A IDADE ES

CONDIA

AQUILO ERA APENAS UMA ETAPA DO QUE A VIDA OFERECEIA TODO

DIA

O SER HUMANO É UMA OBRA DE ARTE FEITA À SEMELHANÇA DE DEUS.

E A FELICIDADE DO BEBÊ PARECIA TÃO PIONEIRA COMO OS ESCRITOS

DE MATEUS,

E PARA O PAI, TÃO MARCANTE QUE OS ANOS NÃO APAGARÃO JAMAIS

ESTAS RELIQUIAS ARQUIVADAS PARA RECORDAÇÕES DE LOGO MAIS.

AS SURPRESAS NÃO TINHAM FIM E AOS VINTE MESES CRIOU UMA FO-

RA DO NORMAL

ACORDOU-ME DE MADRUGADA E FEZ UM CONVITE COMO SE FOSSE

NATURAL

ACOMPANHÁ-LO ATÉ A SALA, ONDE QUERIA TER UMA CONVERSA

E NADA MAIS FEZ SENÃO FALAR,FALAR SEM NENHUMA PRESSA.

ERA,COMO SE DISSESSE QUE O TEMPO DEDICADO ÀS PESSOAS ACU-

MULA SABER

E QUE ESTE ERA O CAMINHO DOS SÁBIOS PARA ENCONTRAR NA VIDA

O PRAZER.

TUDO ISSO EM DEZ MINUTOS DE FALAS E GESTOS QUE ME DEIXA-

RAM ARREPIADO,

SEM SABER SE OUVIA UMA PEQUENA CRIATURA OU UM ANJO REPRE-

SENTADO

CRPOETA

Cléo Ramos
Enviado por Cléo Ramos em 23/07/2010
Reeditado em 24/07/2010
Código do texto: T2395413