PARA O MEU PAI

De cesta, facão ou enxada na mão...

Lá ia o trabalhador todo dia

E a hora não perdia,

Sempre disposto a cumprir sua missão.

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Essa luta do dia a dia era para o sustento da família...

Saia bem cedinho e só retornava na hora da Ave Maria

Para sustentar a esposa e os filhos que poucos não eram,

Homem simples e destemido ganhava com o suor do rosto.

Não podia perder sequer um dia

Para não afetar o salário que recebia,

Não tinha calor, nem frio nem a chuva o segurava...

Eram sagrados os seus dias e a honestidade o acompanhava

De estatura mediana, mas grande era o seu caráter...

Não tinha medo de nada, nem de raio e trovoada...

Não era assíduo à igreja, mas não tinha dia e nem hora,

Para falar de Deus e Nossa Senhora.

Meu pai partiu e deixou-nos muita tristeza,

Mas também uma grande lição:

Viver na dignidade é dever de todo cristão!

Mada Cosenza

22/08/2007

Mada Cosenza
Enviado por Mada Cosenza em 25/09/2010
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