MOÇO BOÊMIO*

Onde está teu chapéu,

meu irmão?

Aquele de feltro,

preto,

que usavas

com o qual tu,

tendo o paradigma,

exclamava:

-sou o maluco beleza, mora?!

Onde está teu chapéu,

meu irmão?

Que tu saturado de mocidade

e repleto de hormônios joviais

aliviavas tomando todas

e mais um pouco.

Onde está teu chapéu,

meu irmão?

Onde está teu chapéu...

Onde está você?

Ouço tuas tosses.

Sinto tuas dores.

Vejo teu andar...

Onde você está?

Atravessando este deserto

para em um outro lugar

brincar novamente

de moço boêmio.

*Para meu irmão Lenínio Lisbôa.

L.L. Bcena, 24/12/2011

POEMA 161 – CADERNO: TÊNIS VELHO.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 16/05/2011
Reeditado em 12/07/2016
Código do texto: T2974410
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