ESSÊNCIA CRISTALINA

Cantei a vida, cantei o amor,

As filhas das minhas entranhas,

O brado rijo de minhas veias

Em minha prole, rijo bradou;

E lá do alto veio a sua escolha

Veio a proteção sob suas asas

Do pacto que nos confirmou.

As nuvens do céu que pairavam,

Como ave volando na imensidão,

Quando menino eu imaginava,

Fazia tudo na imaginação;

Agora adulto piso firme a dor,

Sinto na pele acerba realidade

Que me rodeia com os pés no chão.

O meu legado é minha essência,

A minha essência cristalina,

Falo para as minhas filhas a equidade:

Andai no caminho da retidão!

Não vale a pena iníquo ser,

Nem surrupiar do indivíduo,

Vale, sim, ter compaixão.

Ensino versos a quem ouvir,

O soprar da brisa tépida,

O núncio das minhas palavras,

O clamor da minha fraqueza;

Quero de novo viçar o campo,

Respiro o hausto da manhã,

Amar de novo a natureza.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 19/07/2011
Reeditado em 19/07/2011
Código do texto: T3104035
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