Confessório
“Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?”
Sou um negro em Castro Alves (sou feliz?);
Mas a minha ânsia vegeta por não ter ao meu lado os meus amores!
O meu mundo está noutra cidade distante da minha vontade
Meus pequenos brilhos são jóias, meus filhos!
Mas “Ó Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?”
Meus brinquedos jogados ao léu fez-me pensar
Pensar, pensar em que? Esqueci os meus pensamentos!
Será que estou louco? Lamento! Minha mente ao vento
Está e me leva para o céu eqüidistante;
Solidão a cada noite vasta inimiga do dia
Mas “Ó Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?”
Mas sei que existes, se não respondes, a resposta será breve
Enquanto isso o que faço? Me leve!
Por que vida sem vida é o mesmo que amor sem margarida.
Me leve!