Escorrendo do próprio suor.

Familia não sacia de forma graúda, ao contrário.

Sua gana escapuli feito saci das garras da certeza, como pedaços ocos de alma tiradas e atiradas ao léo qualquer.

Família não se entrona nem destrona às margens da vontade, à soleira do medo, à falange cariada da solidão. Nada disso.

Pode-se dissecar seus pecados, difamar suas asas, vomitar cada teco desfraldado que se dizia inerte, mas não.

Nas fronhas enxarcadas deste gozo tardio, quando o revoar dos medos se fartar dessa ciranda louca,

poderá, por certo, abocanhar sem flamular quaisquer cheiros aflitos.

Assim, como se fosse uma quermesse eterna, ela se fará emergir de si mesma feito verme ávido por carne.

Ela se fará cuspir os nódulos putrefatos e falidos da fé.

Ela se fará bastardar o próprio útero como se dele não pudesse surrupiar nada mais de ninguém.

Então soltará um pio agudo e enfarpado que será mais vivo que tudo nesse mundo.

E, por fim e por certo, verá no espelho o que sempre temeu ter diante da própria fuça, escorrendo do seu próprio suor.

Seja lá o que isso for.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 20/01/2013
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