A MEU PAI
Hoje vejo teus cabelos brancos...
Tua calva, já tão saliente...
Teus braços, outrora fortes...
Musculosos...
Hoje sem forças...
Somente tua voz está presente.
Ressoando, como outrora,
Em meus ouvidos...
A me dizer que tudo
Está como deve estar...
Uma força interior
De ti emana...
Do corpo machucado pelo tempo...
Que como guerreiro,
Teima em não
Se deixar vencer...