Mãos
As mãos de meu pai,
As mãos de todos os pais.
Que se transformavam em balanço
Brinquedo algum elevou tão alto.
Mãos que deram uma doída palmada
Pensando bem, foi merecida
Livrou filhos de erros na vida.
Mãos fortes e carinhosas que embalaram
Tão grandes e tão doces, tão fortes.
Mãos que me apontaram o caminho da vida.
Que carregaram os filhos no colo
E seguraram, na cavalgada, na barriga
Mãos que enxugaram os olhos
Das lágrimas amargas da vida.
Mãos que dos filhos seguraram
Protegendo dos perigos da vida.
Mãos que hoje enxugam os olhos
Da saudade dos filhos queridos.
Mãos que abençoam de longe
Mãos que para o céu nos elevaram,
Mostrando a beleza do Criador.
Mãos querendo abraçar, sem poder,
O filho distante, amado, querido.
Mãos que tocam o coração,
Na saudade de tempos vividos.
Pais ausentes pelo trabalho
Pais incompreendidos por tantos
Guerreiro bendito da vida
Teus filhos sempre vão te amar.
Abençoa sempre mesmo ferido.