FOTOGRAFIA 2 (Ao meu pai)
O barco desce manso, rodado
e meu coração mais lento que a corrente.
O homem se prende ao rio, mundo amado;
a sensação de um poder sem volúpia, de frente.
Súbito um espanto: um dourado pula
e me retorna à vida de pequeno afluente.
Uma retina perpetua o inesquecível.
A outra permanece indolente.
2001
Sítio de Poesia
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