De Pai para Filho

Longe do mundo

Da multitude das gentes

Volto a mim

Para que melhor possa vir

A refletir

O que foi

E o que será

O espelho de nossas vidas.

Vidas entrelaçadas

Ora afastadas.

No recanto da noite

No apagar das luzes

Vejo a mim

Rendido em vista de decifrar

Os anos que se passaram

E os que ainda passarão.

Quem sabe quantos anos ainda teremos

Para falarmos sobre assunto verdadeiro

Tão incerto que é o futuro

Quanto o agora foi para o ontem.

Aproveito ele,

tomo carona na fugacidade da vida

Para valorizar, valorar, fazer valer novamente

O que foi, o que é ser filho em relação ao pai que tu és.

E vejo brotar justo do teu mar de sinceridade

O teu inevitável amor paterno.

Abrupto que surge

das profundezas de vosso ser

Ora velado

Mas revelado

Em cada momento

Que a vida toma emprestado

Tuas ações

Para me mostrar

O velho pai que és.

Não tardará

E este espelho

Irá se refletir

Na geração vindoura

Que por ora quer mesmo é jogar bola.

Mas que, com certeza,

Dará continuidade

A esse elo de ligação

Tão bonito.

De pai para filho.

Eduardo Piereck
Enviado por Eduardo Piereck em 05/12/2013
Código do texto: T4600086
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