Chão

Chão

Olhos brilham,

Mas o açoite a golpeia,

Planta jovem, sob a ação do destino,

Do vento, das chuvas, da dor.

Esperança e amor,

Motores que a fazem seguir.

Tão pequena, e

Horas a fio, debaixo do frio intenso,

Dor e solidão!

Quer chegar à mocidade,

Não quer partir na tenra idade,

Luta contra as marés.

Encontros e decepções.

Desencontros na verdade.

Mas surgem os frutos, e que lindos são!

De uma vida de insanidade,

Da qual já nem tem saudades, é mãe, é pai, é tudo.

É liberdade que se alegra, venceu, se esforçou, tudo aprendeu.

A viver, a sorrir, a perdoar, a amar!

No banco do saber, no banco da vida.

Seu local de aprendizado,

Pisando o chão molhado.

Um filho de cada lado, sorrindo, braços dados,

Rumo ao inesperado!

Sérgio Ricardo de Carvalho
Enviado por Sérgio Ricardo de Carvalho em 30/10/2017
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