Deixe-me viver.

Aborto, não isso não!

Em ti me completo, óh óvulo

A ti recebo com muito amor.

Casa sua, toda sua.

Agora somos o todo, trabalhar e construir.

Somos dois, quatro, oito, bilhões , trilhões.

Olhos azuis, cabelos castanhos...confere

Pés quatorze, mão pequenina.

Sim sou uma menina.

Me alimentei de ti mamãe,

Quando estiveres velhinha, cuidarei de ti.

Usei o ar de seu pulmão,

Gritarei a todos amá-la, e sempre a amarei.

Usei do teu sangue, me alimentei de tuas forças,

Se precisares não negarei.

Usei os teus pés para passear,

Nada via, mas o balanço me fazia tão bem!

Ouvia a tua voz, e do papai também,

Sempre achei que você falava com si mesma,

Mas não! São dois, me sinto ainda mais segura.

Como direi um dia:

Deus sabe o que faz, para mim melhor.

Nasci ao te encontrar óh óvulo

E não morrerei antes de cumprir minha missão.

Seja ela qual for, menos a privada deste lugar.

Por favor.

Sérgio Ricardo de Carvalho
Enviado por Sérgio Ricardo de Carvalho em 03/08/2018
Reeditado em 05/09/2018
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