EU SEI O QUE ELES FIZERAM ( Poema de Carta)

Quão infantes eles são, céus!

Esqueceram facilmente da beleza da poesia escrita em mim, do poema declamado em todas as estações do ano, cada uma com sua particularidade: "primavera, inverno, verão e o outono..."

Ah! loucos, se destroçam no egocentrismo de uma aparência perambulante no vácuo de um tempo esquecido, de uma aurora negra de lembranças e recordações sombrias, de medos dos quais não percebem porque estão sós na companhia do nada e nesta vivência o lúgubre desejo de vida neles se perde, pela ignorância de serem o que sempre foram, uma representação num polco delirante, obscuros e profanos, silente de sarcasmo e petulância irônica de viverem em constante xeque-mate.

Minha vida é um livro aberto, coberto de rosas de algodão e flores do campo num jardim em pranto, consigo sorrir por alguns instantes, afastando-me de tudo e todos que afogam-se em lágrimas.

Mas, eu tento de maneira feliz, viver! E, mesmo que minha aparência não encontre-se no perfil da caminhada árdua que caminho, eu recordo, lembro! Sinto! Vejo! Pluralizo! E, na verdade de mim mesmo recolhido em brasas e chamas de perfumes dos que me fascinam, sinto! Ao longe, na presença deles, um condição amarga que sustentam-os e nessa aparência é que eu descubro minhas limitações e ao olhar-me no espelho, de certa maneira ainda dolorido, eu sou o centro das atenções de mim preconcebido no meu ego de ilusão, porém, bem resolvido para delusões dessa transição passageira que a chamo de vida.

No meu ser há sentimentos de emoções que eu me dou por inteiro, dispo e vivo das sombras que me abraçam em leque que abana o calor das ondas tristes que se faz presente em vendavais e, eu digo que eles se fizeram presente um dia, assim, dessa maneira contestadora, eu sigo minha realdade, na fantasia lúdica e na obsticidade de ser sempre eu mesmo para não fustigar minha alma um tanto sofrida, alegre por encontrar-se vencida, dia após dia, neste mundo que costumeiramente chamamos de Deus.

Sérgio Gaiafi

20 de outubro de 2017

"Um lamento de sofreguidão d'alma sofrida."

***

PROCURANDO POR VOCÊ

Eu começo a olhar para as estrelas e a lua

Tentando contar um por um

Eu não posso, é demais para a minha visão

Cansado! durmo! sorrio, é sonho!

E. admiro a cor do céu, cinza!

E agora estou pensando: cadê você?

Eu sei que você está nas sombras;

No vento frio vagando no céu;

Me sinto interminável;

Eu não o vejo, mas você está bem perto de mim.

Olhando para mim, dando ao meu cérebro a resposta.

Isso em imagens borradas;

Respostas às memórias que estou pensando ...

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 26/08/2019
Reeditado em 26/08/2019
Código do texto: T6729270
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