JÁ OROU PELOS TEUS FILHOS HOJE?

Ao longo dos anos, temos a certeza de que eles se tornaram a tua única razão de viver e muitas das vezes, a tua única alegria...

 

O que NÃO importa:

Não importa o quanto brigaram com o materno e paterno intuito de vê-los no caminho certo, estudando para o futuro, não importa se tiveram que bater neles (no tempo que ainda podia) de vez em quando, se eles choraram e você chorou junto (escondida no teu quarto) arrependida/o de ter batido com força da tua raiva na hora. Não importa quantas vezes eles saíram de casa para encontrar com amigos e bateram a porta com força de propósito (já que não podem bater em você) e você “mandou” eles ligarem ou enviarem uma mensagem dizendo que chegaram bem e com quem eles estão se relacionando, se está rolando drogas ou álcool etc. Não importa se você proibiu a sua filha de sair com uma minissaia que mal tapava as calcinhas e ela ficou horrorizada e envergonhada de ter pais tão quadrados e retrógrados e ainda ter que admitir para as amigas (que estavam vestindo minissaia que mal tapava as calcinhas). Não importa quantas vezes você aconselhou o seu filho a levar preservativos quando se aproximam (ou não...) dos 18 anos e eles quiseram esconder algo tão óbvio que os teus pais também aconselharam. Não importa o quanto aconselhou os filhos a não trazerem bebês para casa porque ainda são “os teus bebês” e eles não saberiam nem os pegar no colo para amamentar e dar um simples banho, isto estragaria a vida escolar e social deles, anteciparia etapas desnecessárias.

Não importa...

 

O que importa:

Importa, sim, quando chegaram em casa sã e salvos e você entendeu aliviada/o que a tua oração e preocupações não foram em vão. Importa, sim, quando chega o final de semana e vocês têm 2 dias para curti-los porque sabe que logo vão embora para as suas próprias famílias formarem (meu caso), importa, sim, os finais de semana que passarão juntos nas festas e feriados especiais e você, super curiosa/o, vai querer saber com quem estão dormindo, seus sogros e sogras, se estão felizes com os seus parceiros, se o dinheiro é suficiente para pagar as contas, se os seus empregos são condizentes com tudo que você os forçou estudarem. Importa, sim, saber se os seus dias de trabalho, amor, amizades são a continuação daquilo que você esperava e orava por eles. Importa, sim, vê-los felizes, mesmo com espinhas no rosto, com o ciclo menstrual totalmente desregulado e você tendo que ficar de olho ou levá-la ao médico, importa, sim, os teus conselhos psicológicos e muitas vezes vê-los sentados em teu “divã materno/paterno” com eles chorando os seus problemas, seus complexos, suas comparações com os amigos (que parecem bem mais felizes do que eles). Importa, sim, porque saíram dos teus lombos e energia e por nove cansativos meses depois foram a tua alegria e expectativa à cada visita ao médico, as tuas lágrimas de emoção quando foi colocado no teu colo pela enfermeira para amamentá-lo. Importa, sim, porque de um dia para o outro, de uma noite para a outra, como num passe de mágica de DEUS e do destino, vocês (nós) se tornaram (nos tornamos) pais e mães.

Isto, sim, importa...

 

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 03/09/2022
Reeditado em 13/11/2022
Código do texto: T7597306
Classificação de conteúdo: seguro