Poemas Langlebertianos
Nada de saudade agora a vida invade
O comum são os vagabundos aliviados
Sou rosa e estou pálida neste agosto
Triste desgosto imposto
Assim como foi triste a sina de meu pai
Lembro-me dele com sua polida persistência
Silencioso e temeroso escondia-se nos jardins
Convivia com as grades indecifráveis da loucura
Entre insensatos navega em terra de fungoleto
Eu também tinha sido picada pelo marimbondo
Alias ali todos não conseguiram escapar
Só ele meu pai era um guia paciente da ternura
Eu a filha sem memória despida de si mesma
Esburacada e decadente fui viver na Vila Jatobá
Meu pai ia me visitar e como sempre em meio ao torpor
Alegrava-me com suas surpresas e espontaneidade
Éramos parecidos da vida só viver