[Ato XIII] Troféus

Uma caixa apresentável, nela, meu presente:

A cabecinha do esquilo dei para minha mãe.

...............Da caça, o meu troféu...

Inteiro, um tigre enfeitava a biblioteca.

Moitas ao redor, metade de leão teve que ser.

De cornos, as paredes coroadas de galhudos.

Da girafa, uma perda. Da zebra, um sofá surgiu.

Em novos tempos, do que viera de mim, uma caixa

Recebi - sua primeiríssima taça de triunfo,

................As primícias da caçada...

Abro. E com que me deparo?

na profundeza dela, belo

é o esperançoso sorriso

Do decapitado marido...

(CaosCidade Maravilhosa, 8 de maio de 2007. Este poema pertence ao meu projeto "Marina em Poesia".)