Poeta Diletante

Poeta diletante eu sou

Diletante na vida sem amor

Opróbrio e insanidade como vapor

Impulsionando-me a escrever com ardor

Naufragando todo o temor

Extirpando de vez o tal pudor

Incrustando o vernáculo num torpor

Perpetuando minha arte sem valor

Poeta diletante eu sou

Que passa a vida a escrever tudo

Do absolutamente nada que tenho a dizer

Mas que também não se deixa esmorecer

Porque as críticas não têm nada haver

Com o acordar e ver o Sol nascer

Me dando impulso de escrever

Que diletante eu sou

E não tenho nada a dizer.