Lia e Melancia

Lá vem a bela Lia

Sua anca é igual a da mulher melancia

Muito me causou alegria

Lia tinha sua idiossincrasia

Às vezes mudava tanto que aparentava ter esquizofrenia

Por muito em sua anca fixei moradia.

Nos montes grandes avançava com a infantaria

Várias vezes dediquei-lhe a ortografia

E no alto de sua bunda coloquei minha bandeira e gritei minha ideologia

Nas noites sem fim, de sua bunda a gente ria

Falávamos da doação para a universidade, sem dúvida a anca nos enriqueceria

Ela devia ser deficiente, pois sua bunda ninguém possuía

Que órgão mais perfeito, redondinha ela - em meio à multidão - sorria

Ilusão ela não tinha. Todos olhavam sua anca que já de longe aparecia

No meu quarto ela me oferecia

Beijava tanto que sentia taquicardia

Pensava que ia morrer de tanta alegria e sapiência em sexologia

Aquela bunda grande feliz me fazia

Curioso, mas nas mulheres o seu órgão causava antipatia

E ela no contato com as pessoas sempre fora uma simpatia

Nua, me satisfazia, e deixava-me pensando naqueles que nutriam “bundafobia”

O tempo foi passando e a anca já não se oferecia

Ela desfilava e a calça apertada o volume garantia

Aos poucos foi caindo a bunda, tal como vai cair a da mulher melancia

A anca é como uma esponja: quando molhada fica mais macia

Vai envelhecendo e, logo, fica vazia

E assim foi embora a Lia, levando a bunda e a minha singular alegria.